Resenha: "A espiã" de Paulo Coelho.
- Admin
- 6 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
"Pena que o que acontece hoje já aconteceu ontem e tornará a acontecer amanhã; e assim continuará acontecer até o final dos tempos ou até que o homem descubra que ele não é apenas o que pensa, mas principalmente é aquilo que sente."

"A espiã" é um livro baseado em cartas escritas por Margaretha Zelle e seu advogado, além de alguns documentos e jornais que relatam o acontecimento. O autor, Paulo Coelho, é responsável por: "criar diálogos, fundir certas cenas, alterar a ordem de uns poucos eventos e eliminar tudo aquilo que julguei não ser revelante para a narrativa", como o mesmo diz.
A obra não segue uma sequência lógica de fatos, uma prova disto é que começamos o livro justamente por seu fim, o que resulta em uma busca pelo passado de Margaretha, vagando por suas memórias e vendo-a transformar se em Mata Hari.
Mata Hari, o oposto de Margaretha, é uma dançarina famosa, que usa seu corpo como arte, se despindo durante seus espetáculos e usufruindo da liberdade de ser quem quiser. Hari vive em um mundo construído por suas mentiras se envolvendo com pessoas importantes e guardando segredos que lhe foram confessados. Durante a narração em sua carta ela muitas vezes se vitimiza, e fala sobre procurar a filha que abandonou a muito tempo.
Após conhecermos Margaretha Zelle e seu pseudônimo Mata Hari, lemos a carta de seu advogado e admirador Dr. Clunet, homem que muitas vezes retratado por Hari como alguém que não se importava com ela, ele nos mostra um outro ângulo da história e alguns dos erros que condenaram sua amada, tudo isso através de uma carta para ela que nunca será entregue.
Cabe a cada um formar sua opinião sobre Margaretha Zelle, ou suas outras personalidades.
Nota: ♥♥♥
Comentários